quinta-feira, 18 de junho de 2009

Gabriel Bicalho lançará : LÍRIOS POSSÍVEIS

Capa Lírios Possíveis



Gabriel Bicalho e J.B. Donadon-Leal


Gabriel Bicalho e Deia Leal

Gabriel Bicalho autografando Lírios Possíveis ao lado das telas confeccionadas para o livro




Gabriel Bicalho lançará seu novo livro de Poesias Aldravistas:

LÍRIOS POSSÍVEIS

Editora: Aldrava Letras e Artes - 2009
Diagramação: Editora Aldrava Letras e Artes

Ilustrações: Deia Leal



Dedicatóriasgabriel bicalho
Aos que plantam lírios,
ainda que chafurdados
nos atoleiros do nosso
excludente cotidiano.

:
A todos os irmãos-poetas,
que aprenderam a colher
lírios, apesar de toda a
lama, em sublimação.

{ Dedicatórias}

:

Aos prováveis leitores,
almas veras deste livro,
também, dedico todos
os lírios possíveis.



***

PREFÁCIO*

"Que é experimentar extremos? Que é desafiar limites? Que é garimpar lirismo em campo de guerra?
A poesia permite a experimentação de todos os extremos, desafios a todos os limites e passeio por terrenos inóspitos. A ideia extrema de poeticidade toma corpo na coleção de coleções poéticas que formam lírios possíveis. Trata-se da instabilidade desejável de noção de lirismo, um esvaziamento da doçura a caminho da plenitude da significação, cujas potencialidades de sentido são jogadas para a recepção do belo no feio. Os lírios possíveis são lirismos encontrados em terrenos inabitáveis. O que atribui poeticidade à palavra é o seu lugar, não a sua doçura. No verso, a sujeira, o sangue e a podridão tornam-se termos poéticos e, combinados no conjunto, soam suaves e se fazem capazes de arrancar lágrimas dos leitores.
Gabriel Bicalho transpõe em seus poemas aldravistas a versão mais completa da arte conceitual, em que os valores tradicionais da poeticidade caem por terra, tornam-se flocos de adubo e alimentam o canteiro onde brotam lirismo, onde antes a semeadura era impossível, metonimicamente, lírio a lírio. Aliás, lírio é metonímia e não corruptela de lirismo. Lírio é a parte possível do lirismo na brota impossível, flor sobre rocha, sobre asfalto, na baixeza da pornografia".

"... Vale a pena desarmar os espíritos e entrar de cara limpa nessa aventura de brincar, feito criança, pelos quintais dessa leitura de lírios possíveis, num desafio de esperança, em mais uma tentativa de reversão aos processos de degenerescência do sentido da humanidade, mesmo que:


" apenas o canto solitário
de um pássaro triste
perpasse minh'alma suavemente
como prenúncio de eterna despedida".
(fragmento de poema de Gabriel Bicalho)

Ainda, assim, vale a pena ter esperança de um mundo melhor.

(*J.B. Donadon-Leal - escritor, professor da UFOP, crítico literário e de artes plásticas, Doutor em Semiótica pela USP, Pós-doutor em Análise do Discurso pela UFMG e Presidente do Conselho Editorial da Editora Aldrava Letras e Artes)


Pedidos através dos e-mails:


Um pouco sobre o autor:
Gabriel Bicalho, nome literário do poeta Gabriel José Bicalho, nascido em Santa Cruz do Escalvado, Estado de Minas Gerais em 14.01.1948. Foi fundador e diretor cultural do Jornal “CIMALHA” em 1997 e do folheto literário “4 ou mais poetas” também em 1997. Presidente da Associação Aldrava Letras e Artes. Membro da Academia Marianense de Letras e da Academia Barbacenense de Letras. Cônsul em Mariana de Poetas del Mundo. Delegado da União Brasileira de Trovadores - Sessão Mariana, MG e Vice-Governador do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais em Minas Gerais. Teve sua formação cultural na vizinha cidade de Ponte Nova, onde residiu por muitos e muitos anos, desde a infância. Como funcionário do Banco do Brasil, morou em diversos Municípios até radicar-se definitivamente na histórica cidade de Mariana – a Primaz de Minas. Colaborou em diversos órgãos da imprensa, inclusive no “Suplemento Literário de Minas Gerais”. Apareceu em livro pela primeira vez a antologia poética “Vôo Vetor”, da Editora do Escritor – SP em 1974, ano em que lançou seu primeiro livro individual de poesia “Criânsia”. Obteve prêmios ou menções especiais e honrosas em numerosos concursos, sobressaindo-se a Menção Especial de Poesia que a União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, conferiu a Criânsia, no Prêmio Fernando Chinaglia II em 1972. Participou de várias antologias poéticas e têm poemas publicados em obras didáticas, revistas culturais impressas e eletrônicas.. Premiado no Concurso nacional de poesia - Literatura para Todos - MEC/2006, com o livro de poesia aldravista “Caravela – redescobrimentos”, entre milhares de livros, foi o único poeta selecionado de Minas Gerais para fazer parte da coleção do Ministério da Educação “PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO”. “Sua poesia tem um caráter singular e especial – a de aproximar o leitor do mundo da poesia, às vezes falsamente considerado difícil, mas na verdade aberto a qualquer um que queira experimentar seus prazeres. Um livro com textos densos e instigantes para prender o leitor do começo ao fim e fazê-lo raciocinar sobre o que sente ao ler cada um dos poemas escritos com apaixonada inspiração”...(Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade - Ministério da Educação). Autor também de Euge, poeta! (1984), Poemas in: Aldravismo -a literatura do sujeito (2002) apesar das nuvens (2004) e enquanto sol - senda 02 de nas sendas de Bashô (2005) e livro de poesia: Beiral antigo (setembro/2007).Gabriel Bicalho é grande incentivador de cultura em Minas Gerais , no país e estrangeiro. Promoveu, quando gerente da agência local do Banco do Brasil, exposições de artistas plásticos nas décadas e 80 e 90. Incentivou e incentiva novos talentos na poesia para divulgação de literatura e aprimoramento na arte de escrever. Criou jornais de divulgação literária em Mariana, dos quais se destaca o Jornal Aldrava Cultural que já está no seu oitavo ano de produção ininterrupta.De sua obra, vale destacar o livro Caravela – redescobrimentos, 2006, premiado no Primeiro Prêmio Literatura para Todos, do Ministério da Educação e traz poemas que velejam muito além da pós-modernidade. "É aldrávico esse Gabriel. Observador, sim, mas não só espectador. Aí ele traça a diferença que lança a aldrava na poesia. Bater, bater, bater, até que alguém venha abrir a porta do sentido que se deseja. Nada ensimesmado, nada autista, nada fora de contexto como os pós-modernistas de academia. O elitista “espectador atento” é chamado a sair da clausura ditada pelo imperialismo cultural das abraliques, das uebês, das academias, das congressites dos homens e mulheres de capa preta das ifes e ieés, para se popularizar, sem transformar-se em bunda, e dedicar-se a “ouvir o mar no marulhar ou ver o mar ao mar olhar”. (Donadon-Leal 2002). Por esse fato, o livro de Gabriel foi premiado para ser livro de alunos recém-alfabetizados.Embora sem pretender superar qualquer tendência, a superação desse autismo criado pelo endeusamento do sujeito pós-moderno, desinstitucionalizado para ser servido pelas instituições, é inevitável, e pode ser pensada na inconveniência de batidas insistentes das aldravas nas portas imperiais, que não se abrem para as cabeças interioranas, mas que, por não se abrirem, distanciam-se tanto do mundo em movimento, aldrávico, de batidas renitentes, de movimentos de corpos em rituais de acasalamento, que não há como dizer mais em revisitar o passado, como querem os umbertos, em parodiar ou ser interlocuções de minorias, ou ver somente o texto e o intertexto. O aldravismo é discursivo e interdiscursivo. O discurso da cartilha escolar dos anos 60, da insistência silábica da família “ra - ré - ri - ró - ru”, toma o discurso da incerteza do futuro do pretérito, para construir o discurso das possibilidades ramificadas, próprias do reconhecimento das vozes polifônicas dos discursos: “ramaria / remaria / rimaria / romaria / rumaria”, num conjunto de substantivados coletivos, ecos polifônicos das navegações dáblio-dáblio-dáblio. É a superação do texto. É a compreensão do mundo dos discursos como negação da pretensiosa idéia de interpretação. Gabriel não é só poeta, ele é craque na poesia. (Donadon-Leal-2002)






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