domingo, 12 de dezembro de 2010

POETAS MINEIROS ALDRAVISTAS NA CASA DAS ROSAS

Entrada da Casa das Rosas - J.B.Donadon-Leal, Andreia Donadon e J.S.Ferreira
Entrada da Casa das Rosas com programação de dezembro - Andreia, J.S.Ferreira e o músico Thiago Caldeira

Distribuição de livros e jornais - Funcionários do Hotel - SP

Distribuição de livros e jornais - Funcionários do Hotel - SP

Sílvio Santos (empresário - Portugal), Andreia Donadon Leal e a artista plástica Giane

Sílvio Santos e Andreia Donadon Leal - autografo



Donny Correia e J.B.Donadon-Leal (entrega de livros dos poetas mineiros aldravistas)


Affonso Augusto Moreira Penna Bisneto e Andreia Donadon Leal -
Leitura das Cartas à Flora com música - Thiago, J.S.Ferreira, Andreia e Donadon-Leal

Poesias e prosas aldravistas com intervenção musical

J.S.Ferreira (leitura de poemas)


Música de J.B.Donadon Leal "Fonte da Esperança" interpretada por Andreia Leal e Donadon-Leal. Acompanhamento musical de Thiago Caldeira

Leitura de poemas (J.B.Donadon-Leal)

Leitura de poemas - Andreia Donadon Leal

Donny Correia - Gerente Casa das Rosas

Escritor José Geraldo Neres, Affonso Penna e Andreia Donadon Leal

Entrada Casa das Rosas


J.S. Ferreira distribui exemplares Jornal Aldrava Cultural N° 87


POETAS MINEIROS ALDRAVISTAS NA CASA DAS ROSAS - São Paulo

A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura - recebeu no dia 10 de dezembro de 2010, às 19:00 horas, na Avenida Paulista, n° 37 - São Paulo, os poetas mineiros aldravistas: Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho, J.S.Ferreira, J.B. Donadon-Leal, o músico e jornalista responsável pelo Jornal Aldrava Cultural, Thiago Caldeira da Silva, para apresentação de videopoemas, músicas, leitura de poemas e prosas aldravistas, bate-papo e lançamento do livro de Contos: Flora - amor e demência & Outros Contos, da escritora Andreia Donadon Leal.
A abertura do evento cultural foi realizada pelo Gerente da Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, Donny Correia, que apresentou os poetas mineiros aldravistas.
Além dos frequentadores da casa e convidados, estiveram presentes, Affonso Augusto Moreira Penna Bisneto, o poeta José Geraldo Neres, o Embaixador Darlan Tupinambá (que doou diversos livros para o Poesia Viva - a poesia bate à sua Porta), a artista plástica Giane, o empresário Sílvio Santos de Portugal, e a Secretária-Geral da UBE-São Paulo - Rosani Abou Adal.
A idealizadora do Poesia Viva - a poesia bate à sua porta, Andreia Donadon Leal, foi nomeada como Membro da UBE-São Paulo.
Os poetas mineiros aldravistas ainda distribuiram gratuitamente, para todos os funcionários do Hotel Paraíso - SP, livros e exemplares do Jornal Aldrava Cultural.


HISTÓRIA DO ALDRAVISMO

A Região dos Inconfidentes, em Minas Gerais, compõe cenário importante na vida literária brasileira. A produção árcade dos poetas inconfidentes marca um aspecto importante da produção artística: a liberdade como Expressão e como Conteúdo. Atualmente , em Mariana , há um movimento que busca produzir, reconhecer e divulgar a produção artística contemporânea desta região : o aldravismo.
O Aldravismo é um movimento de escritores, filósofos e artistas visuais que propõe interpretações inusitadas de eventos cotidianos. A aldrava, argola de ferro, utilizada antigamente para bater às portas, é o símbolo do movimento.
A aldravismo explicita a proposta dos poetas Gabriel Bicalho, J.S.Ferreira, J.B.Donadon-Leal, Lázaro Francisco da Silva (filósofo falecido em 2003), Andreia Donadon Leal e Hebe Rôla que se reuniram para experimentar uma forma de provocar significação sem impor a vontade do autor , nem desconsiderar a vontade do leitor, abrindo uma possibilidade de produção de algo que pudesse ser complementado pelo leitor, no processo de significação. Nascia a proposta de literatura metonímica, em que o produtor apresenta um indício , uma parcela da coisa representada e o leitor / espectador é livre para compor seu complemento de significação.
Aldravismo vem de aldrava, termo que designa o utensílio com o qual se bate nas portas para que estas sejam abertas. Assim, o aldravismo pode ser caracterizado pela arte que chama atenção, que insiste, que abre portas para as interpretações inusitadas dos eventos cotidianos, em relatos daquilo que só o artista viu.
A história começou com o lançamento do Jornal Aldrava Cultural e a publicação do livro: Aldravismo: uma proposta de arte metonímica. A primeira providência do grupo de poetas aldravistas mineiros foi a de buscar a superação do critério de seleção dos textos para publicação pautados no parâmetro qualitativo: bom / ruim.
No lugar disso, o aldravismo concentrou-se em definir qualidade como algo derivado da consciência da proposta artística e de seu direcionamento a um público definido. Assim, o poema-pele do adolescente, confessional e apaixonado é poema de qualidade, uma vez que cumpre com seu propósito de sedução. O fim social da obra de arte, ou o seu discurso predominante, seja ele de convencimento pela sedução, pela fria persuasão ou pela asperesa da manipulação, justifica a empreitada de produzir arte. Esse caminho inicial de conceituação do aldravismo é o da busca incondicional do exercício da liberdade, e não poderia ser de outra forma, já que ele nasce no berço da liberdade – Mariana.
Do consenso de que a arte deve ser, antes de tudo, expressão de liberdade, a comissão editorial do Jornal Aldrava Cultural passou a ter como critério de escolha de textos para publicação aqueles que rompem com barreiras formais de produção, especialmente aqueles que ousam criar conceitos novos. Essa perspectiva abriu caminho para a percepção do elemento mais importante da produção artística – o sujeito de sua produção. Assim, o aldravismo acordou que produção não é via de mão única, não é imposição do sujeito “autor”. A produção constitui em algo de mão dupla: de um lado o autor da obra de arte e de outro o autor da leitura dessa obra. A obra exposta através da publicação passa a ser um produto disponível, mas morto.É somente no ato de leitura que ela recupera a vida, não na proposta do autor, não na intenção do autor, mas na visão do leitor. O leitor se apropria de todas as prerrogativas de construtor de sentido. Nesse ponto, encontra-se o cerne da proposta aldravista: o leitor, não sendo capaz de recuperar o sentido integral da consciência do autor, deverá buscar o sentido possível, aquele autorizado pelas condições de produção da leitura. O sentido buscado por um adolescente apaixonado será recortado pela paixão; o de um estudante de literatura será direcionado para a tarefa escolar; o de um trabalhador cansado, para o relaxamento; o de um sujeito descrente com a política, para a crítica e o desabafo. Esses tons diferenciais de comportamento de leitor são indicadores de metonímias possíveis e inesgotáveis, seja pela causa de um efeito ou efeito de uma causa; o conteúdo de um continente ou o continente de um conteúdo; a parte de um todo ou o todo de uma parte. Daí a conceituação do aldravismo como a de arte metonímica – autor e leitor percebem porções daquilo que é possível, segundo seu critério de julgamento. O sujeito da produção da arte metonímica é criativo quanto mais inova no quesito: o que é que somente eu vi. O leitor metonímico é aquele que busca algo que só ele viu. A liberdade e a metonímia tornam-se os pilares da arte aldravista.
Esse grupo representa a ruptura necessária com o convencional, na busca de fazer uma literatura representativa de uma nova experimentação estética , para fazer eclodir novamente esse espírito adormecido da vontade de liberdade que impulsionou a arte poética dos árcades , a arte barroca de Athaíde e Francisco Lisboa, a literatura de formas plásticas de Alphonsus de Guimaraens e a explosão de formas e conceitos do final do Século XX.
Site: www.jornalaldrava.com.br

Agradecimentos especiais ao escritor JOSÉ GERALDO NERES .

Créditos das fotos (Sarau na Casa das Rosas): José Geraldo Neres

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